terça-feira, 1 de março de 2011

A escolha e a opção

Ele acordou sobressaltado, minutos antes do seu despertador tocar, acossado por uma certeza: ele era apenas uma opção.
Durante quase um ano, ele alimentou o desejo por ela. Se encontraram e traçaram planos impossíveis. Ele viveu fantasias e realidades muito além das suas expectativas. Sentiu a necessidade de assumir as responsabilidades que não eram suas, sentiu a necessidade de enfrentar os problemas e crises que não causara, e por fim tentou mudar o destino que não era seu.
Mas nesta manhã, rememorou lentamente seu último encontro, cheio de poréms e entretantos, e a certeza de que ele foi apenas uma opção se cristalizou.
Apesar da tristeza que se instalou devagar em seu peito, ele esboçou um sorriso: ele ainda a tinha em seus pensamentos e sonhos. E para ele, ela havia sido a escolha.

Um comentário:

  1. Gu, Ontem fui assitir Bruna Surfistinha! Eu sei que você deve estar pensando: "É a sua cara!" Mas não ria, ainda! (Tá, pode rir um pouco, mas meu comentário é sério e profundo!...) No meio de todos os clichês e cenas quentes (foram várias, devo confessar!), esse seu texto não parava de ecoar na minha alma...
    Contardo Calligaris postou no twitter sobre o filme: ""Bruna Surfistinha" não é nem moralista nem apologético da prostituição; é um filme sobre o custo da liberdade, para gente grande."
    Fico pensando que liberdade não é ter opções, é fazer escolhas...
    Esse não é o meu forte... Confundo quereres com desejos e ainda trago em mim as marcas das algemas de outrora... Saí sentindo que ainda tenho um longo caminho a percorrer e com medo de me falharem as forças...
    E com uma vontade imensa de te dizer, sem fazer promessas e sem criar expectativas, que quero que saiba que vc tem cadeira cativa, é imortal consagrado na academia do meu coração!...

    O maior de todos os beijos,

    Eu

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