sábado, 8 de janeiro de 2011

Que venha 2011

Estou escrevendo este texto, pois as palavras quando fixadas no papel, ou na tela do computador levam consigo a tristeza.
Este ano, foi o pior ano da minha vida. Começou com a descoberta de que meu casamento acabou e eu fui o último a saber.
Nesse meio tempo fui atropelado e agora conto com a companhia fiel das dores diárias no ombro que foi esfacelado no acidente e agora é quase robótico.
No meu trabalho, me dediquei, lutei, enfrentei crises, e por fim venci.
Mas este ano também me mostrou a fibra e tenacidade de duas pessoas muito especiais para mim.
Tenho duas filhas que corajosamente enfrentaram toda sorte de dificuldades e venceram os desafios deste ano letivo. Viram os pais se separar, ficaram em casa sozinhas por meses, enfrentaram dificuldades financeiras e ainda usaram o último mês do ano no pior trabalho possível. Mas apesar de tudo isso, elas venceram.
É, em 2010 ganhei as eleições, fiz novas amizades, recebi telefonemas sinceros de saudades, recuperei antigas, vi as luzes e as sombras que se escondem na alma das pessoas, vi o altruísmo, convivi com o egoísmo e a desfaçatez, conheci lugares, vivi intensamente, e vi minhas filhas se tornarem mulheres fortes.
Aos que me conhecem, sabem que sempre procuro encarar a vida com um pouco de bom humor, mas este ano não foi brincadeira.
Junto com alguns amigos e amigas fiz uma grande festa de Reveillon. Não que eu tenha motivos para soltar rojões, mas porque eu comemorei muito o fim deste ano que para mim teve 18 meses.
Convido a todos os que tiveram saco de ler estas lamúrias a comemorar o final deste ano.
Tenho certeza de que a vida será muito diferente no próximo ano. As mudanças já aconteceram, as opções foram feitas e os efeitos das nossas decisões, certas ou erradas, serão concretos.
Não adianta ter esperança de que nada aconteça. Isso tem nome, chama-se covardia.
Que venha 2011, estou preparado para você.

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